Londres, carros, futuro: 20 horas de trabalho por semana
Uma limusina branca enorme com vidros duplos passando à minha frente, um Lamborghini amarelo ao fundo da rua, um Lotus acelerado e outro com dificuldade de passar entre um camião estacionado e uma parede há mínimos metros de distância, um Aston Martin parado para os pedestres passarem, um Ferrari estacionado e um Porsche com a capota fechada pelo frio, e carros cujas marcas não conhecia, não conheço e/ou nem reconheci…
Carros de todos os tipos e gostos que fazem pobres coitados de um Lexus, um Mercedes ou um BMW. Mas, não deixam de ser carros. Motor de qualidade, bancos ergonómicos, bons mecanismos de segurança fazem os carros serem carros. Mais que isso é um mero luxo, uma mera necessidade de mantermos um estilo de vida capitalista.
Com as máquinas que existem, ao invés de criarmos luxos para nos exibirmos e provarmos o nosso status, teremos instrumentos que diminuíram as nossas horas de trabalho, mas não reduzirão os empregos.
Imagine-se num futuro aonde só trabalharemos 20 horas por semana, o mínimo e necessário, não para subsistir, não porque o salário é excelente para todos, mas porque o sistema capitalista faliu a tal ponto que percebemos que trabalhar é adoração, é um prazer que se faz por gosto, e uma necessidade para manter a humanidade funcionando.
É para isso que deveríamos trabalhar: não para viver, mas porque é um serviço que fazemos à coletividade, a todos. É um serviço que prestamos, não um esforço que fazemos para ter dinheiro, para o poder gastar em dívidas que foram criadas para termos os excessos e não os necessários.
Pensemos nisso: o que irá acontecer ao dinheiro?
Viveremos num mundo aonde o dinheiro existirá ou deixará de existir? Será que chegaremos ao ponto no qual não nos comparamos através dos carros que temos, mas pelas pessoas que somos? Será que viverei para ver esse dia chegar? Será?
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