quinta-feira, julho 31, 2008

Blogosfera, a verdadeira Aldeia Global

Em texto anterior menciono o facto da blogosfera ser tida como centro sem lugar, em hiperlugar até, aonde a unidade da humanidade é feita realidade, aonde pessoas que residem, fisicamente, num ponto do mundo, em contacto com pessoas, noutros pontos, em amizades nunca antes imiginadas.

O autor do texto original no qual me baseio, Marino Niola, compara a blogosfera a uma aldeia, onde cada um de nós tem uma casa com as portas abertas. Diz ele que se trata de uma aldeola "monofamiliar onde se deixa sempre aperta a porta de casa porque aquele que desejar poderá entrar e tomar um café". Para ele, a blogosfera é a tradução em realidade de uma "mitologia comunitária na língua da web, a declinação imaterial da socieadde cara a cara: a nostalgia da terra à medida do homem num download".

Assim, começam as ideias em conjunto. O autor não fala, mas não ficaria espantado com a ideia de blogagens coletivas, quando bloggers distintos se unem e assim renascem "da linguagem em comum e vivem da linguagem". Por isso a blogosfera é "um regime democrático, onde qualquer um é opinante na liberdade das opiniões, sem hierarquia de posições, sem regras, sem o peso da autoridade". Aonde cada um é aquele que escreve, é um interlocutor do blogger ao lado, uma pessoa dotada de verdadeira capacidade de intervenção, caso assim o deseje.

Talvez por isso países como o Brasil e o Irã tenham tamanha taxa de participação na blogosfera. Talvez por isso, diz o autor, a blogosfera "é a nova utopia da liberdade e da igualdade. Compensação simbólica ao malestar atual da democracia em carne e osso".

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terça-feira, julho 29, 2008

Uma aldeia chamada Blogosfera

Acabo de ler no Psicocafé, um texto deveras interessante sobre a blogosfera. A tese de Marino Niola, autor do texto, é desenvolvida sobre um único preceito: a blogosfera é um espaço livre para toda a comunidade humana. É uma pequena e simples janela para entrever a realidade do outro, ou mesmo a verdadeira “porta aberta para entrar” aonde todos podem-nos visitar, dando as suas opiniões em redes sociais de livre escolha.

Contudo, adverte:

É evidente que o blog é muito mais que um sistema de comunicação. É um ângulo do mundo, teria dito Herder. Ou uma forma de vida, para dizê-lo Wittgenstein. É tanto um espaço com divisão simbólica caracterizada conforme os uses, costumes, sensibilidades, hábitos, códigos, extratos (…) como uma linguagem comum. Os blogs são, para todos os efeitos, a nova forma de vida produzida pela rede, por autênticos ângulos do mundo virtual.

Por isso mesmo, os blogs “contribuem na revelação da forma dos novos espaços coletivos de uma sociedade que mudou profundamente as suas categorias espaciais e está passando da divisão à união, dos lugares tradicionais – territórios físicos delimitados, confinados, num modelo de nações – ao hiperlugar imaterial que redelineia o mapa do presente”.

Aqui, sentimo-nos em comunidade representada de modos diversos. A unidade do género humano começa na blogosfera: “Não mais comunidade local, e localizada, baseada na proximidade geográfica, residencial, citadina, mas na forma inédita de pertence”.

Assim, nós bloggers, somos uma nova categoria de ser humano, os nossos comportamentos nos permitem verificar como toda a humanidade está mudando toda “categoria de identidade e de aparência: sempre mesmo material, substancial, fixo e sempre mais flutuantes, móveis, convencionais”. É isso que somos? Não teremos consistência relacional uns com os outros? Será que a lista de links aí ao lado, nada quer dizer na realidade (lista essa que tem que ser revista!)?

Claro que sim! A blogosfera é a mescla da solidez do ferro e da fluidez da água. Somos como o rio que flui conhecimento, ideias, opiniões e como o ferro que unido tem a força para criar as novas estruturas da sociedade.

O blog antecipa uma realidade que não é mais aquela do país, da cidade, do quarteirão, da classe etária, da família, da paróquia, do círculo. Os bloggers são representados como comunidade de pessoas que se escolhem livremente e em escala planetária. Nesta dimensão extraterritorial intensificam um novo vínculo social.

Aqui fica a primeira parte para pensar!
A segunda, para breve estará…

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segunda-feira, julho 28, 2008

A beleza de ser indeciso

Uma das coisas que mais gostei no Brasil foi o conceito comercial de algumas sorveterias que nos permitiam fazermos nossos próprios sorvetes: número de bolas, sabores, coberturas e outras tantas coisas. Gostei porque eu, pessoa indecisa para pequenas coisas, nunca consigo decidir os sabores numa gelataria

portuguesa. Provo um sabor atrás do outro para poder escolher os dois sabores que quero no copo!

Se vou ao cinema, com amigos, só por ir, aceito ver qualquer filme, pois a decisão por três opções é-me incomodativa. Os outros que escolham! Não me quero cansar na decisão.

E, segundo o texto de 22 de Julho da SCIAM, até faço bem em ser indeciso para as pequenas coisas da vida. Costumo dizer que tenho três certezas apenas e mais nada é certo: a minha fé, a minha profissão e o país no qual quero residir. Todo o resto é acessório.

Kathleen Vohs e co. comprovaram que as mais simples das decisões pode influenciar negativamente as grandes decisões. Por exemplo, quem tomava muitas decisões num shopping mais dificilmente persistiam e resolviam adequadamente problemas aritméticos. Ou estudantes que puderam optar entre diversas disciplinas, acabavam por adiar a preparação para um exame importante. A mente, cansada de decidir, parece não aguentar novas e importantes decisões.

Anastasiya Pocheptsova e co., por sua vez, descobriram que pessoas que focam a atenção num ou noutro aspecto, são mais propensos a decidir mau. Por uma razão: análise de mais parâmetros leva a mente a buscar os mais simples e inferiores. Num dos estudos, antes de tomar a decisão, foi pedido a parte dos participantes que ignorassem um aspecto do estímulo visual e a outros não foi dada nenhuma instrução: os que tiveram que ignorar, provavelmente atentos ao tema para poderem ignorá-lo, acabavam por escolher uma opção próxima à melhor opção (mas não a melhor). Assim, a excessiva atenção pode levar à má decisão.

Assim sendo, não decidir coisas triviais pode até ser mais salutar, uma vez que nos deixa mais preparado para o que realmente importa!

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sábado, julho 26, 2008

Do sonho à vida

Uma história bonita, extraído de um falecido blog de um muito bom escritor:

Era uma vez um pastor de cabras chamado Jamil.

Jamil pastoreava seu rebanho pelo oásis de Zakath, onde havia um poço de água limpa para si e seus animais, boa forragem e tamareiras que lhe serviam deliciosos frutos . Um local perfeito.

Exatamente ao centro desse oásis havia uma pedra que diziam ter sido o local onde Maomé, o último dos Profetas de Alá, bendito seja seu nome, teve uma visão. Logo, era um local sagrada para seu povo.

Jamil, fervoroso crente nos preceitos do Islã e pastor de cabras, sentia-se confortável instalado ali.

Um dia, durante seu descanso noturno, sonhou. Em seu sonho, um anjo lhe dizia para estudar a pedra de Zakath, pois nela haveria a memória de muitas eras, com as quais poderia ajudar a seu povo todo.
Jamil, ao levantar-se e fazer suas preces, foi contar seu sonho ao mulá dos beduínos que por ali viviam , para que esse lhe orientasse na melhor maneira de agir.

"Foste iluminado - lhe disse o mulá - e deves agir conforme lhe foi ordenado. Estuda e ora, pedindo que se abra tua mente ao Todo Poderoso, bendito seja seu nome."

E assim fez Jamil. Durante anos passou sentado de frente à rocha, suplicando que lhe fossem mostrados mistérios. Dia após dia, tentava se comunicar com a rocha.
E assim, se passaram os decênios de sua vida...
Aos 80 anos de idade, Jamil encontrava-se deitado em sua cama de palha, quando adormeceu e sonhou. Mais uma vez, o mesmo anjo, tão formoso quanto era a tanto tempo atrás, falou com ele:

"Jamil, foste um inútil. dei-te a entender que estudasses a rocha. Dei-te a opção de ser um dos líderes de teu povo. E que fizestes? Passou teus anos sentado, esperando por um milagre que dependia única e exclusivamente de ti. Pois olha!". Dizendo isso, o anjo como que sem qualquer esforço, deslocou a rocha para o lado, deixando aberto um grande fosso. Por esse fosso, descia uma escadaria de puro mármore que dava acesso a um salão grandioso, todo forrado a ouro, a prata e a pedras das mais preciosas. No centro, um pilar de jade. Sobre este um livro todo em ouro, onde se lia nas primeiras linhas :

"Pois a tu que aqui buscais sabedoria, fizeste o bem em agir, enquanto outros tantos esperaram por milagres que nunca lhe serão concedidos".

Jamil morreu naquela mesma noite, da vergonha de sua inércia.

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terça-feira, julho 22, 2008

Ditados do Século XXI

Acabei de receber isto por email, vindo de um amigo. Achei interessante compartilhar aqui...

01. A pressa é inimiga da conexão.
02. Amigos, amigos, senhas à parte.
03. Antes só que em chats aborrecidos.
04. A arquivo dado não se olha o formato.
05. Diga-me que chat frequentas e dir-te-ei quem és.
06. Para bom provedor uma senha basta.
07. Não adianta chorar sobre arquivo deletado.
08. Em briga de namorados virtuais não se mete o mouse.
09. Em terra offline, quem tem discada é rei.
10. Hacker que ladra, não morde.
11. Mais vale um arquivo no Disco do que dois baixando.
12. Melhor prevenir do que formatar.
13. Quando a esmola é demais, tem vírus anexado.
14. Quando um não quer, dois não teclam.
15. Quem ama um 486, Core duo lhe parece.
16. Quem clica seus males multiplica.
17. Quem com vírus infecta, com vírus será infectado.
18. Quem envia o que quer, recebe o que não quer.
19. Quem não tem banda larga, caça com discada.
20. Quem nunca errou, que aperte a primeira tecla.
21. Quem semeia e-mails, colhe spams.
22. Quem tem dedo vai a Roma.com .
23. Um é pouco, dois é bom, três é chat.
24. Vão-se os arquivos, ficam os backups.
25. Barato sai caro... e lento.

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sexta-feira, julho 18, 2008

Ainda bem que não evitaste a crítica, Sr. Mandela

Depois da chamada de atenção que o Sahba fez, lembrando que Obama não será o primeiro presidente negro, gostaria de homenagear um dos maiores de todos os tempos, apesar de não saber bem como...

Duas frase que já utilizei anteriormente e que se aplicam a este bravo senhor de nome Nelson Mandela:

Se queres evitar a crítica, não digas nada, não faças nada, não sejas nada.
Hubbard

A valentia me proporcionara adversários, mas a honradez pode apaziguá-los.
Elisabeth Lukas


Desejo-lhe um feliz 90º aniversário e entrada na 10ª década de vida
e desejo-nos desfrutando desta película de elenco muito bem selecionado:




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terça-feira, julho 15, 2008

O destino dos Heróis

No dia que a NBC anuncia novos episódios onlines da série, escrevo um pouco sobre ela...

Heroes é daquelas séries que nos trazem pessoas iguais a todos nós, em desejos, sonhos e aspirações, mas que são dotadas de um talento especial. Heroes traz-nos questões como o medo de se tornar objeto público e rato de laboratório como no caso de Dark Angel, ou de se tornar vítima de perseguições sociais como X-Men. Heroes tem as típicas sociedades secretas de X-Files e Dark Skies controlando os destinos da humanidade.

É a ficção-científica no seu melhor, aonde a ciência é mesclada com a ficção de uma forma tão aprimorada que chega a ser estonteante. Aliás, raras vezes a ciência se tornou o mote principal de uma ficção, como neste caso. Segundo explica Dr. Suresh, de tempos em tempos, as espécies vão evoluindo e genes vão-se transformando. Neste caso, ao invés de termos uma genética que nos distingue na pigmentação da pele, do cabelo ou na cor do olho, a genética nos permite criarmos ilusões de ótica, voarmos, ultrapassarmos objetos físicos, não nos limitarmos às barreiras do espaço e do tempo, lermos a mente dos demais, levar à perda de determinadas memórias, regenerarmos de nossas doenças e feridas, curarmos os demais, tornarmo-nos invisíveis e, mesmo, prever o futuro.

Poucos reparam neste detalhe, mas o personagem principal não é Peter Petrelli, o enfermeiro que tem que salvar o mundo, através da sua ilimitada capacidade de absorção empática de poderes, nem Sylar o louco aí da foto que quer dominar o mundo, roubando (sabe-se lá como) os dons e talentos desta nova raça de homens.

Hiro Nakamura poderia ser uma boa aposta! Sim, quem conhece a série por vezes nem gosta dele, pois retira um certo grau de seriedade e nos faz rirmos da sua ingenuidade apesar de ser filho do magnata e descendente de um Japão iluminado e tecnocrata. Hiro, viajando do futuro ao presente, do presente ao futuro, e do presente ao passado é o primeiro que nos faz entender que o destino não está traçado, que não há tal coisa como futuro determinado e determinístico. Nenhum de nós é uma pintura de um quadro já pintado por alguma figura superior a nós.

O que a personagem de Isaac Mendez, para mim o principal de todos, nos traz (na primeira temporada) é a reflexão verdadeira sobre o sentido e propósito de nossas vidas, tantas vezes mencionado ao longo da série. Trata-se de um pintor que consegue, como um oráculo, prever o futuro. E, nunca falhou! O interessante é que o que ele prevê acontece sempre, mas, muitas vezes, com ligeira variação. Ele prevê o que irá acontecer antes de alguém voltar atrás e alterar a história e chega mesmo a prever a nova versão da história; mas, mais interessante ainda é que ele prevê uma imagem fixa: não prevê o que acontece antes ou depois daquela imagem. E é isso que nos faz sermos humanos, termos o nosso livre arbítrio, a liberdade de, como diria Frankl, decidirmos o que ser e o que fazer no momento seguinte! A responsabilidade, aquele apêndice esquecido da liberdade!

Se não fosse Mendez não surgiria o debate entre profecia, destino e liberdade. Graças a este simples personagem, jovens admiradores da série, por todo o mundo, podem pensar: será que eu sou fruto de algum destino pré-estabelecido ou sou eu que tomo as minhas decisões? Vezes e vezes sem conta, os vários personagens da série viram-se confrontados com o destino voraz que lhes estava previsto, mas, por decisão pessoal, mostraram-se capazes de contornar o destino da mesma forma que um navio impelido pela força do vento é capaz de se dirigir para onde quiser, ainda que o vento o impila noutra direção.

Este foi um dos meus maiores prazeres ao ver Heroes: pensar no papel do destino na minha Vida e refletir no papel que a minha vida representa no Destino!

Vale a pena!

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domingo, julho 13, 2008

Mais um episódio do trágico épico iraniano

Preso por quase uma década. Em solitária por 17 meses. Chicoteado com cabo metálico, seus testículos espancados e seus dentes vítimas de chutes e pontapés. Sua cara era afogada em excremento e seus braços amarrados por trás e pendurado de cabeça para baixo no teto. Amarrado em cadeiras durante noite e dia, era cortado e as sobre suas feridas era jogada sal.

De quem falo? Provavelmente estarei a falar de algum familiar meu que passou anos na prisão iraniana de Evin, ou algum dos sete bahá’ís presos recentemente, ou algum babí do século passado.

Mas desta vez falo de Ahmad Batebi, um jovem de 31 anos (hoje) que fugiu através do Iraque e com a ajuda das Nações Unidas, encontra-se hoje em Washington. O seu crime? O mesmo de sempre: não pensar como o Regime instituído!

A história
Houve uma manifestação em 1999 (18 de Tir, no calendário iraniano), que juntou estudantes que protestavam contra o encerramento do jornal Salam. Ao que entendo, ele acabou por entrar, por mero acaso, na manifestação e por mais azar ainda, um jovem a seu lado foi alvejado pelos contrataques da polícia. Após levá-lo a uma clínica, aonde veio a falecer, Batebi alega ter levado a camisa ensagrentada so companheiro para acautelar os estudantes contra a manifestação.

Preso! Torturado! Era-lhe exigido afirmar em televisão que o sangue era de animal ou mera tinta. Negou-o. Quando insultado, dizia insultar o carcereiro. Quando agredido, diz que tentava agredir de volta.

E, para agravar tudo, o Economist havia publicado a sua fotografia segurando a camisa sangrenta do seu colega, não mais não menos que na capa da sua edição.
Mas foi mesmo isso que lhe deu notoriedade internacional e a sorte de poder mais facilmente pedir exílio a outro país.

E agora: será que o deixam em paz? No Iraque, com um telefone que lhe havia sido dado pelas Nações Unidas, recebeu um telefonema: “Sabemos onde estás. Tens que te entregar”, era a voz de um de seus inquisidores no outro lado da linha que, brilhantemente, encontra-se gravado.

Já o vi falar em televisão, e já li algumas coisas sobre ele. E, por isso, não sei como terminar este texto, senão citando o final do New York Times, de onde tirei a maioria do material que aqui exponho:

“Poderei regressar e ir lutar eu mesmo pelo meu país”.

Ele possui algumas metas comuns, os sonhos de um homem que passou a maior parte dos seus 20s numa cela de prisão. Quer estudar política e sociologia, diz, e trabalhar como fotojornalista. Quer tocar guitarra. Pensou por um momento, então lembrou-se de uma mais modesta ambição.

“Quero pescar!”. O Sr. Batebi disse, sua face relaxando até a um sorriso. “Eu vou indo pescar!”

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quinta-feira, julho 10, 2008

Fluidez temporal na Internet

Tenho estado, durante algum tempo, ausente da blogosfera e tenho notado a diferença de fluxo temporal entre um e outro lado.

Dentro da Ilha, digo, da Blogosfera o tempo parece fluir de uma forma mais rápida que fora dela. Lembro de ter lido, há já algum tempo que o calor fazia com que a percepção de tempo fosse mais veloz que no frio, no qual o tempo se arrasta lenta e calmamente. Daí eu sentir que três meses no Subcontinente Sulamericano tenham rapidamente corrido e três meses na Europa passem lentamente. No inverno, assim como na velhice, a percepção do tempo passando é diferente que no verão ou na juventude. Na juventude tudo é mais rápido, na velhice até nós somos mais lentos. No verão as paixões explodem e no inverno o frio entra-nos nos ossos e dificilmente querem sair. Parece que há algum mecanismo lógico que o explique, se bem que eu não sei qual seja…

Nessa minha ausência temporária na blogosfera, que nem foi tanta para mim enquanto leitor de livros ou turista aqui ou ali, foi imenso tempo! Textos que tinham sido preparados deixaram de ser pertinentes, comentários que queria fazer já não valem a pena para determinados debates em determinados fóruns, enfim, as novidades, na blogosfera, passam a velharias ou antiguidades quase num piscar de olhos. Será que, seguindo a linha daqueles estudos poderemos pensar que a blogosfera é mais quente e entusiástica que a vida “real”? Ou mesmo que as nossas vidas são mais vazias e frias que a blogosfera?

Talvez eu volte novamente a esse tema, nalgum tempo futuro. Mas, entretanto, gostaria de poder ler uma ou outra opinião vossa sobre isso. Porque será que a vida na internet parece ir mais rápido que a vida fora dela? E o acontecerá às relações que nela começam? A internet nos traz muitas e novas perguntas sobre as relações humanas, não é?

PS: Na linha das ausências na blogosfera, devo dizer, com muita pena, o David pretende deixar o seu espaço e mesmo apagá-lo. Será caso para dizer que a blogosfera começa a esfriar?

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