domingo, outubro 29, 2006

Bahá'u'lláh - o governo vive pelo povo

Vossos povos são vossos tesouros. Acautelai-vos para que vosso governo não viole os mandamentos de Deus, e não entregueis vossos tutelados às mãos do ladrão. Por eles é que governais, por meio deles subsistis, pela sua ajuda ganhais vossas vitórias.
Bahá'u'lláh (1817-1892)
in Seleção dos Escritos de Bahá’u’lláh
Trad. por Leonora S. Armstrong (1977),
a partir do inglês de Shoghi Effendi.

Enquanto se vão fechando as urnas, ainda sem saber o resultado certo e inconcusso de mais um momento eleitoral daquilo a que estamos habituados de chamar democracia, permanece a dúvida. O que será feito? Como será feito? Por quem será feito?

'Abdu'l-Bahá (in O Segredo da Civilização Divina) esclarece que existem várias condições humanas, sendo uma das mais elevadas “a condição daqueles soberanos justos, cuja reputação de protetores dos povos e dispensadores da justiça Divina espalhou-se pelo mundo, cujo nome como poderosos campeões dos direitos dos povos ecoou através da criação”.

É a função destes “membros eleitos” serem “conhecedores dos mais elevados princípios da lei, versados nas regras que governam a administração dos assuntos internos e na conduta das relações exteriores, hábeis nas artes proveitosas da civilização e satisfeitos com os seus emolumentos legais”.
Os novos líderes que ganham plenitude a partir de hoje devem assim:
  • Ser os promotores de amplas consultas a fim de apreender e promover o debate acerca das reais necessidades;
  • Desenvolver um modelo de tomada de decisão no qual a justiça se assume como o pilar fundamental, fortalecendo estruturas consultivas para favorecer a participação ascendente nas decisões;
  • Promover a liberdade de pensamento e de crença;
  • Valorizar o aspecto da responsabilidade coletiva da sociedade para com as quatro dimensões do desenvolvimento humano;
  • Gerir com conhecimento, vontade e ação;
  • Eliminar as diferenças no que é igual e permitir o direito à diferença ao que é desigual;
  • Permitir que cada cidadão seja capaz de procurar livre e independentemente a sua verdade relativa dentro da realidade una que compartilhamos;
  • Permitir a expansão da educação, o desenvolvimento de artes e ciências úteis, o fomento à indústria e à tecnologia.
Somente assim, “A felicidade e orgulho de uma nação” serão renovados e reencontrados e ela poderá “brilhar como o sol no elevado paraíso do conhecimento”.
Esperemos que o ciclo que se inicia hoje seja um ciclo de progresso e não de regresso! Que, como um fênix, a nação cresça esplendorosa e radiante. Esta é a minha ardente prece! Este é o meu desejo para toda a humanidade!
Resta saber como será feito...

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quinta-feira, outubro 05, 2006

Omar Khayyám - Rubáiyat (XXVIII)

Um momento na Aniquilação esbanjar,
Um momento, do bem da vida provar –
Estrelas preparam-se e a Caravana
Começa p’ra a Aurora do Nada apressar!
Omar Khayyám (1048-1132).
Trad. por Sam, a partir do inglês de
Edward J. Fitzgerald.

Como passa a caravana da vida!
A alegria do ápice será colhida.
Não habita o amanhã do outro: traz de beber
Na taça, pois a noite não é detida.
Omar Khayyám (1048-1132).
Trad. por Sam, a partir do
original persa.

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